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terça-feira, 1 de março de 2011

INTRODUÇÃO GERAL POP ARTE

A arte pop surgiu nas cidades de Londres e Nova York como a expressão de um grupo de artistas que procuravam valorizar a cultura popular. Para isso, serviram-se tanto dos recursos da publicidade quanto dos demais meios de comunicação de massa. Histórias em quadrinhos, cartazes publicitários, elementos de consumo diário e a nova iconografia, representada por astros do cinema, da televisão e do rock, passaram a integrar a temática central dessa nova corrente, não sem certa ironia crítica.

As atividades desses grupos começaram em Londres, por volta de 1961, sob a forma de conferências, nas quais tanto artistas quanto críticos de cinema, escritores e sociólogos discutiam o efeito dos novos produtos da cultura popular originados pelos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão e o cinema. Da Inglaterra o movimento se transferiu para os Estados Unidos, onde finalmente se consolidaram seus princípios estéticos como nova corrente artística.

Talvez seja preciso explicar que nos Estados Unidos, além das ações dos grupos londrinenses, os artistas da camada pop tiveram como referência, desde 1950, os chamados happenings e environments. Esses eventos eram uma espécie de instalação em que se fazia uso de todas as disciplinas artísticas para criar espaços lúdicos de duração efêmera, que, como afirmava seu criador, John Cage, mais do que obras de arte eram ações que se manifestavam como parte da própria vida.

Não obstante, a arte pop americana se manifestou com uma estética renovadamente figurativa, e suas obras, ao contrário daquelas instalações, tiveram um caráter perdurável. É o caso da obra pictórica de Andy Warhol ou das pinturas no estilo de história em quadrinhos de Lichtenstein, sem esquecer certas instalações de Beuys que hoje estão presentes nos museus mais importantes de arte contemporânea e valem tanto quanto os quadros dos grandes mestres do século passado.


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Nota: Figuar I –
Andy Warhol – Marilyn Mooroe; Figura II
Roy Linchtenstein
– Cubo com Pedal com Perna – Coleção Robert Fraser - Londres; Figura III - Roy Linchtenstein Takka Takka – Museu Ludwing Colônia; Figura IV Roy Linchtenstein; Moça se Afogando – Museu de Arte Moderna (MoMa) – Nova York

POP ART - PINTURA

Figua I – Andy Warhol

      Desde o início os pintores pop manifestaram interesse em deixar de lado as abstrações e continuar no figurativismo popular de Hopper, para tornar mais palpável essa segunda realidade que os meios de comunicação tentavam transmitir e vender. Os quadros de personagens famosos de Warhol, deformados pelo acréscimo de suas próprias variações cromáticas, não são mais do que a reinterpretação da nova iconografia social representada por estrelas de cinema e astros de rock.
 
Figura II - Edward Hopper – Autômata


 A frieza de expressão das colagens de anúncios publicitários de Rosenquist e os quadros provocantes de Wesselman, próximos dos quadros Schwitters fazem uma imitação burlesca da nova cultura gráfica publicitária. Paradoxalmente, as obras desses artistas em nenhum momento foram entendidas num plano que não fosse meramente estético e, criticados por realizar uma arte eminentemente comercial, o fato é que tiveram êxito e se valorizaram no mercado mundial devido ao impacto subliminar de sua obra.

Quanto ao pop britânico, os artistas realizaram exposições nas quais seus quadros, que eram verdadeiros mostruários do cotidiano inglês, refletiam certa nostalgia das tradições e, num sentido mais crítico e irônico, quase em tom de humor, faziam uma imitação dos hábitos consumistas da sociedade na forma de verdadeiros "horror vacuii" [horror ao vazio] de objetos e aparelhos. As colagens do pintor Hamilton eram uma reprodução grotesca da arte publicitária dos tempos modernos.

Figura III - James Rosenquist - Te Amo Com Meu Ford, Valência

 Figura IV – Richard Wesselman - Para Uma Definição Das Próximas Tendências Das Novas Roupas Masculinas e Acessórios

 Figura V – Eduardo Paolozzi – Nada Supera o Autêntico