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sábado, 15 de outubro de 2011

ARTE ROMANA - ARQUITETURA

Coliseu - Roma

   Embora não haja dúvida de que as obras arquitetônicas romanas tenham resultado da aplicação das proporções gregas à arquitetura de abóbadas dos etruscos, também é certo que lhes falta um caráter totalmente próprio, um selo que as distinga. Para começar, a partir do século II a.C., os arquitetos da antiga Roma dispunham de dois novos materiais de construção. Um deles, o opus cementicium - uma espécie de concreto armado - era um material praticamente indestrutível.
   Do outro lado estava o opus latericium, o ladrilho, que permitia uma grande versatilidade. Combinado com o primeiromaterial, ele oferecia a possibilidade de se construírem abóbadas de enormes dimensões e, apesar disso, muito leves. Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto.
   A evolução da arquitetura romana reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das escolas públicas e o das obras particulares. As primeiras (por exemplo, templos, basílicas, anfiteatros, arcos de triunfo, colunas comemorativas, termas e edifícios administrativos) eram obras que apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam um conglomerado desordenado em torno do fórum - ou praça pública - das cidades.
   Por outro lado, as segundas, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia, se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e em seus arredores, com uma decoração faustosa e distribuídas em torno de um jardim. A plebe, ao invés disso, vivia em construções de vários pavimentos chamados de insulae, muito parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços, mas sem divisões de ambiente nesses recintos.
   Seus característicos tetos de telha de barro cozido ainda subsistem em pleno século XX. A engenharia civil merece um parágrafo à parte. Além de construir caminhos que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas. O conceito de grande urbe que tinham os romanos definitivamente era muito semelhante ao que existe em  nossos dias.

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