A exemplo da pintura, a escultura do fim do século XIX tentou renovar totalmente sua linguagem. Foram três os conceitos básicos dessa nova estatuária: a fusão da luz e das sombras, a ambição de obter estátuas visíveis a partir do maior número possível de ângulos e a obra inacabada, como exemplo ideal do processo criativo do artista. Os temas da escultura impressionista, como de resto da pintura, surgiram do ambiente cotidiano e da literatura clássica em voga na época.
Rodin e Hildebrand foram, em parte, os responsáveis por essa nova estatuária -o primeiro com sua obra e o segundo, com suas teorias. Igualmente importantes foram as contribuições do escultor Carpeaux, que retomou a vivacidade e a opulência do estilo rococó, mas distribuindo com habilidade luzes e sombras. A aceitação de seus esboços pelo público animou Carpeaux a deixar sem polimento a superfície de suas obras, o que foi depois fundamental para as esculturas inacabadas de Rodin.
Rodin considerava O Escravo, que Michelangelo não terminou, a obra em que a ação do escultor melhor se refletia. Por isso achou tão interessantes os esboços de Carpeaux, começando então a exibir obras inacabadas. Outros escultores foram Dalou e Meunier, a quem se deve a revalorização dos temas populares. Operários, camponeses, mulheres realizando atividades domésticas, todos faziam parte do novo álbum de personagens da nova estética.
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