O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, na literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do racionalismo anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras.
A iconografia romântica caracterizou-se por sua estreita relação com a literatura e a poesia, especialmente com as lendas heróicas medievais e dramas amorosos, assim como com as histórias recolhidas em países exóticos, metaforizando temas políticos ou filosóficos da época e
ressaltando o espírito nacional. Não se pode esquecer que o romantismo revalorizou os conceitos de pátria e república. Papel especial desempenharam a morte heróica na guerra e o suicídio por amor.
A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se mesclaram estilos históricos obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Na escultura, imitando a linguagem pictórica, produziram-se figuras de uma dramaticidade e energia comparáveis apenas às presentes nas telas de Delacroix, embora também dentro de um forte academicismo.
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