A pintura indiana complementou a escultura na decoração de templos e palácios e serviu como veículo de propagação da religião e da história a partir da dinastia Vakataka (século V d.C.), que manteve os princípios estilísticos da dinastia Gupta, anterior a ela: porte colossal, extravagância e colorido. A técnica utilizada era a do afresco combinado com a têmpera, ou seja, pintava-se o desenho básico com a parede úmida, retocando-a depois de seca a superfície. Essa técnica deu origem a graves problemas no que diz respeito à conservação das obras.
No geral, as representações tendiam para o naturalismo, ainda que fossem influenciadas por uma estética sensual e idealista. Os temas preponderantes eram as cenas da vida do príncipe Buda (o Iluminado), cuja imagem apareceu pela primeira vez nas obras da escola de Gandhara. Antes, fazia-se alusão a ele através de algum símbolo ou do vazio, que era a representação mais completa de seu estado de pureza e santidade. A época do esplendor desse tipo de afresco coincidiu com o período de transição (séculos V a.C. - I a.C.).
No caso dos afrescos das famosas cavernas de Ajanta, alguns datam do século II d.C., enquanto outros, mais novos, são do século V, época em que esse tipo de pintura começa a se difundir por toda a Ásia. No início do século X, a prática do afresco cedeu lugar à miniatura, consagrada na Idade Média, tanto no Oriente quanto no Ocidente. Como a pintura era feita sobre folhas de plantas regionais dessecadas e em rolos de papel, faltavam-lhes o colorido e a vivacidade dos afrescos. Essa carência foi suprida com a influência posterior da pintura persa.
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