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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ABSTRACIONISMO - ARQUITETURA

Distanciados de todo academicismo, os arquitetos do chamado Movimento Moderno deixaram para trás as tendências históricas, para criar uma arquitetura isenta de adornos supérfluos ou de referências ao passado. Surgiu assim uma arquitetura racional, de formas geométricas puras, que revalorizou o espaço e a funcionalidade, com edifícios simples, de grandes superfícies transparentes. As grandes cidades, a especulação financeira e os novos materiais favoreceram esta nova arquitetura.

Os engenheiros, convencidos de sua capacidade de criar edifícios tão básicos na aparência, produtos da criatividade, mas também da tecnologia, passaram a competir com os arquitetos abstratos. Entre os primeiros racionalistas destacou-se a escola Bauhaus, com suas propostas de linhas simples, em que interiores e exteriores se fundiam, criando espaços homogêneos. Exemplo disso é o pavilhão alemão da Exposição Universal de Barcelona (1921), de Mies van der Rohe.

Na Holanda, por sua vez, os arquitetos do grupo De Stijl chegaram às mesmas simplificações, dessa vez influenciados pela sutileza e praticidade da arquitetura japonesa. A arquitetura construtivista russa propôs moradias do tipo celular, ou seja, poliambientais, na construção de fábricas e clubes de operários.Mas sem dúvida o auge do funcionalismo chegaria com o francês Le Corbusier, cujas formas volumétricas simples se adaptaram tanto às moradias quanto às fábricas.

O mesmo ocorreu na América, principalmente após a chegada dos arquitetos europeus, cujas teorias funcionais tiveram grande aceitação no seio das universidades. Experimentava-se então ali a criação de uma nova arquitetura anti-historicista. A única exceção foi o arquiteto Frank Lloyd Wright, cujas obras, a meio caminho entre o caráter orgânico do modernismo e o novo racionalismo, estão entre as mais singulares do século XX.


 

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